quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Todos somos Troy Davis.

Na noite de quarta-feira, dia 21 de Setembro, Troy Anthony Davis foi morto cobardemente, através do método por injecção letal, no Estado da Geórgia. A sua condenação foi proclamada, sem confissão do homicídio a que estava acusado, ou qualquer arma do crime encontrada. A acusação foi assente em testemunhas várias vezes descredibilizadas, e através de uma investigação criticada até pelo congresso da "grande Democracia" dos Estados Unidos da América.
Desde o Papa, ao governo francês, foram vários os pedidos públicos para que a sentença de pena de morte fosse revogada. Em vão. Troy era negro. O polícia que morreu branco. A Georgia, um estado sulista.
A justiça não funciona, quando homens decidem quem deve ou não ter o direito permanecer neste mundo. Ela não é cega, nem aqui, nem no país que tem dedicado a sua história a "proliferar a democracia pelo mundo". Ela vê cores, partidos, religião,vê dinheiro. A justiça norte americana tem uma boa visão.
Quando um homem é morto por uma decisão judicial, morre um pouco da nossa liberdade. Quando uma condenação é feita, sem que para isso haja provas irrefutáveis de que tenha existido um crime, morre um pouco dos nossos direitos como cidadãos.
Quando morre um Troy Davis, morre um pouco de nós.